Saudações peregrinas. Espero encontra-los(las) bem!
Gostaria de partilhar nossa opinião, minha e de meu irmão, sobre peregrinar no Caminho Sagrado.
Foi uma experiência maravilhosa, mesmo não havendo concluído. O fato de meu irmão interessar-se em partilhar o caminho comigo, foi muito válido; dividimos reflexões, risadas, esforços, relembramos infância, adolescência , temos uma boa conexão. E o Caminhar no Caminho Sagrado oportunizou aprimorar esta conexão.
Todos os locais que nos hospedamos, são ótimos! O atendimento, acolhimento na nossa chegada. Claro que as pousadas são mais “família” tem troca, conversa; já nos hotéis, mantém contato mais informal. Na Pousada Imigração, temos impressão de sermos conhecidos de longa data… foi empatia total.
O morro da Cruz, já no primeiro dia, é de “matar”. Supera-lo é desafiador! No primeiro dia de caminhada, estávamos com a chuva rondando, mas fomos agraciados e não choveu em nosso percurso. Muito boa a parada no santuário de Caravaggio com padre Joel, acolhedor, direto e não invasivo.
Sobre as sinalizações no decorrer do Caminho, são boas não tivemos duvidas e nem nos perdemos. O que falta é melhorar a sinalização na parte final dos percursos, para chegar nas pousadas; por exemplo, em Nova Veneza tem uma placa no muro, com Caminho Sagrado, mas não indica se devemos seguir adiante, descer, ou qualquer indicação. Reconheci o Convento pela foto do site.
Em Treviso, novamente na parte final, as placas não ficaram claras na indicação da pousada, pedimos informação em uma padaria do centro e depois seguimos placas da própria pousada Ferrero.
O 4º dia de caminhada, o caminho depois da casa cinza com garagem de caminhão, sobe ao infinito, quando chega-se lá em cima, não tem indicação nenhuma. Chega-se a uma bifurcação (que podemos subir mais ou descer). Como subir mais não estava em nossa determinação pessoal e o no mapa descritivo falava que em um ponto iriamos começar a descida, descemos. Estava correto, mas gerou ponto de dúvida.
Quando chegamos ao final da descida, na comunidade, as placas também são esparsas, estávamos na dúvida se estávamos no caminho correto. A primeira placa que avistamos foi no início da subida para passar pela casa de pedra centenária e lembro da sensação boa de ter visto uma placa (que estávamos no Caminho correto) e da sensação de frustação, por te mais um morro para subir. Já estávamos cansados e só queríamos chegar.
O segundo e o quinto dia (este foi o último que caminhamos) foram os mais lindos, com paisagens maravilhosas, locais para descansar a beira estrada.
Cachorros, não são amigos de peregrinos ou nós que não somos amigos deles. Não sei, mas, como há (cachorros) pelo caminho, as pessoas mantém soltos, com portões abertos. Uma verdadeira maratona para conviver pacificamente; alguns são bastante persistentes em perseguição e latidos.
Lembro que o Mhanoel, do Oikos, comentou da ideia de colocar monumentos em alguns pontos, penso ser ótimo! Alguns locais com bancos também são importantes para parada, contemplar, conversar, beber água ou pequena alimentação.
Enfim, ficamos muito felizes de partilhar o Caminho, quando tiver nova oportunidade vamos finalizar o percurso. Agora, é só encaixar em períodos de férias!
Fiquem bem e desejamos que o Caminho sempre esteja aberto a todos, para cada qual viver suas verdades.
Parabéns aos envolvidos pelo empenho e dedicação para que o Caminho seja uma realidade!
Abraço,
Ani Boni | Airton Boni, irmãos peregrinos de Blumenau