O casal Rogério Rodrigues e Magali Giacchini Rodrigues são os primeiros peregrinos a completar o circuito Caminho Sagrado. Eles percorreram os 175 quilômetros, partindo do espaço Oikos, zona rural de Criciúma e pernoitando em Nova Veneza, Treviso, Urussanga, Pedras Grandes (Azambuja), Morro da Fumaça, Içara, retornando em sete dias ao ponto de partida.
“Tudo tem o seu tempo e o Caminho Sagrada tem o seu, que são de sete dias”, comentaram os dois peregrinos nesta quinta-feira, após finalizarem o trajeto. Para eles, manter os locais de paradas nas cidades indicadas pelo Conselho de Voluntários é muito importante “para não perder nenhum detalhe do caminho”.
Uma alegria especial no relato do casal de Concórdia é que desde o primeiro dia sempre foram assediados positivamente por pessoas no caminho. Eram religiosos nos santuários, pessoas a beira da estrada e até comentários em locais como mercearias e restaurantes. “De repente vinha um e dizia que tinham nos visto aqui e ali”, comentam Rogério e Magali. Para eles, este tipo de contato é que faz a diferença do caminho e também “nos deixa mais seguros”.
Bastante alegres após a conquista, os dois peregrinos ressaltam que do Caminho Sagrado levam a “hospitalidade gigante, a amizade”. Também a impressão de que no caminho somos a menor parte: “Eu não sou nada diante da imensidão e da beleza do caminho. Sou tão pequena”, acrescenta Magali.
Do Caminho Sagrado, Rogério e Magali afirmam que estão levando muito mais do que imaginaram. “Na peregrinação, ocorreu algo pessoal que estava aguardando há muito tempo”, explica ela. Já ele, de forma serena coloca que” levo a paz”. E eles vão além: “Levamos boas energias, levamos a leveza, levamos a superação, levamos as paisagens magníficas”.
Perguntado se podem fazer o caminho Sagrado novamente, o casal não hesitou em afirmar que sim. “Voltaremos a fazer este caminho com nossa filha Joana, hoje com 12 anos”. Aos que vão iniciar a jornada, eles também têm dicas. “O caminho não se explica, se vive”, sugere Magali. Já Rogério dá a dica para cada um “tornar seu caminho Sagrado”.
Ao finalizar, o casal de peregrinos do oeste catarinense elogia o trajeto, o circuito, a sinalização, as pousadas e alimentação. “Em todos os lugares víamos o ‘S’, por isso e pela convivência com o todo que pensamos que não teria outro nome para este caminho”. Em uma palavra Rogério e Magali resumem o caminho: “Simplesmente sagrado”.
Além do Júbilo, que é o documento que comprova a peregrinação de todo o percurso, os peregrinos também receberam dois livros de presente. “Compostela – Passo a passo” e “Todo caminho é sagrado”, ambos do filósofo peregrino, Beto Colombo. Assim como eles, os primeiros 50 peregrinos também vão ser presenteados com estes livros.
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