No segundo dia de peregrinação, entre Nova Veneza e Treviso, logo depois da Pousada L´Amore, ainda nos primeiros oito quilômetros de caminhada, o peregrino do caminho Sagrado vai encontrar a família Bortoluzzi. Seu Luís, sua esposa dona Marli e seus filhos Lucas e Gustavo recebem os caminhantes com uma saborosa garapa feita na hora, fruto da cana plantada pela própria família.

Exatamente no km 8 deste trajeto, você vai encontrar a casa da família à beira da estrada na localidade de Rio Jordão Médio e mais acima e a esquerda está o galpão onde se encontra a garapeira. Esta gentileza de servir suco de cana aos peregrinos é uma distinção do seu Luiz. Porque o objetivo principal deste líquido é a produção (de julho a setembro)  de três mil litros de  cachaça de alambique por ano. O alambique é um equipamento usado na destilação de várias bebidas alcoólicas, óleos essenciais, incluindo a aguardente vínica, o bagaço e a cachaça. Baseado no processo de destilação simples, foi usado em tempos remotos na alquimia.

No seu modelo mais tradicional, o alambique é composto por três partes: o pote, onde o mosto da bebida é fermentado e aquecido; o pescoço de cisne, por onde o álcool evaporado sobe e, por fim, o condensador, onde o vapor de álcool condensa e volta a se tornar líquido. As Cachaças de Alambique são naturalmente fermentadas, com leveduras selvagens ou selecionadas. A destilação do seu vinho (o caldo de cana já completamente fermentado) ocorre em um alambique de cobre.

Encontrar seu Luiz e sua família é uma alegria especial, pela hospitalidade e simplicidade. Eles estão no local desde o início dos anos 2000, sempre trabalhando com gado leiteiro e com a produção de aguardente. Chegando ao local, anuncie-se aos proprietários. E conheça o processo de produção de uma cachaça artesanal muito disputada na região e saborear um caldo de cana feito na hora. Se gostou e quer que eles continuem recebendo os peregrinos, sugerimos deixar uma contribuição financeira.