O Caminho Sagrado é um circuito surpreendente. E mais uma grata surpresa ao peregrino é encontrar o que os italianos denominam de “Atafona” ou “Tafona”.
Tafona é um engenho de moer grãos, manual, movido por animais ou pela força da água. Esta, encontrada no segundo dia do Caminho Sagrado na localidade de Rio Jordão Alto é movido pela força da água e serve para fazer farinha de milho.
Quem trabalha quase que ininterruptamente neste local hoje é o senhor Idalino Périco, mas antes, era seu pai, Valentim Périco. O equipamento é simples e muito poderoso; o mesmo que vem funcionado movido à água desde 1977.
De acordo com seu Idalino, ele pode moer até 60 quilos de milho por dia. “Por isso, muitas vezes passo o dia e a noite aqui. Eu gosto”, comenta ele. Todo o seu trabalho é comercializado para pessoas da região com um objetivo: fazer polenta, um tradicional alimento trazido pela colonização italiana a base de farinha de milho.
Ao peregrino que fizer o Caminho Sagrado, anote aí. No segundo dia, na altura de 11,7km, a direita, antes de uma ponte, você vai avistar uma simples casa de madeira sem pintar. A porta de entrada que dá acesso à estrada, está fechada. Você pode entrar pelas portas dos fundos (ele autorizou) e conversar diretamente com seu Idalino que vai explicar direitinho como funciona o equipamento.
Inaugurado em abril de 2022, Caminho Sagrado (CS) é a mais nova rota de peregrinação do Brasil, localizada na região sul de Santa Catarina. Seu formato é em circuito, partindo do espaço Oikos, zona rural de Criciúma, com pernoites em Nova Veneza, Treviso, Urussanga, Pedras Grandes (Azambuja), Morro da Fumaça, Içara, e retornando o ponto de partida, 175 km caminhados em sete dias. O CS ainda atravessa os municípios de Siderópolis, Treze de Maio e Forquilhinha.
Preservando e valorizando a cultura. Lindo demais
Nossa que maravilha!e eu vi passaei direto.