Antes de chegar ao nome “Caminho Sagrado”, o Conselho de Voluntários do Caminho Sagrado ainda levantou ao menos oito sugestões, todas vindas do grupo de peregrinos. As sugestões foram das mais variadas e todas com um significado muito forte, envolvendo espiritualidade, imigração e cultura. Desta forma, somente na nona sugestão é que se decidiu pelo nome do trajeto que é a mais nova rota de peregrinação do Brasil.
A primeira sugestão foi de “Caminho das Sete Igrejas”, mas logo se percebeu que não representava o caminho. Então surgiu o “Caminho dos Santuários”, já que o peregrino encontra dois santuários e dezenas de igrejas nos 175 km de percurso. Também este nome logo foi descartado, por se fechar em uma religião e os voluntários aspiravam algo que fosse mais ecumênico.
Foi quando surgiram o “Caminho da Imigração”, “Caminho dos pioneiros” e o “Caminho do Imigrante”. Um destes nomes chegaram a balançar o grupo, mas, diante do fato de já ter caminhos com eles, também foram esquecidos. E o interessante é que o grupo não tinha nome e nem o trajeto decididos, mas continuava focado na ideia de um criar um caminho na região sul de Santa Catarina.
Foi quando surgiu no grupo o nome de “Caminho dos Bugres”, já que em todo a região há causos e histórias considerados verídicas, envolvendo estes homens nativos. Inclusive, a ideia era passar em uma localidade chamada Rio dos Bugres e também ilustrar o caminho elucidando o que aconteceu com eles no início da imigração europeia na região. Houve uma certa empolgação com este nome, mas logo foi descartado.
“Caminho da cura”. Este era o nome da vez. Afinal de contas, lembrava o grupo, cura e caminho são irmãos siameses e seria um bom mote para o trajeto. Depois de algumas conversas e pesquisas, também não emplacou.
Influenciado por uma peregrina de Florianópolis que pegou o nome das cidades e, do seu jeito, traçou uma linha entre as cidades, surgindo disso um coração, o nome da vez foi “Caminho do Coração”. Pronto! Parecia que o caminho havia se manifestado e enfim, um nome mais neutro em relação à religiosidade, mas ao mesmo tempo muito forte, até no apelo da imagem: Caminho do Coração. Mas também este nome foi descartado.
Paralelo à busca de um nome ideal, o grupo continuava caminhando e aproveitava a oportunidade para levantar ideias e encaminhar ações. Entre uma caminhada e outra surgiu, então “Caminho Sagrado”.
Foi amor a primeira ouvida do nome. Caminho Sagrado. Assim, o CS se apresentou e foi acolhido pelo Conselho de Voluntários do Caminho Sagrado que teve a paciência e a sabedoria de aguardar o momento certo de manifestação do nome ideal para o grupo.
Depois de escolhido o nome, iniciou-se outro caminho: escolher a imagem para representar o Caminho Sagrado. Mas isso é tema para um outro post. Até lá!
Boa!
Sábia decisão.